Um levantamento divulgado pelo portal R7 revela que o Maranhão tem pelo menos 13 postos de combustíveis operando sob influência de facções criminosas. Os dados fazem parte de uma estimativa do setor e colocam o estado entre os 10 mais afetados do país por esse tipo de crime. A lista é liderada por São Paulo (290), seguido de Goiás (163), Rio de Janeiro (146) e Bahia (103).
De acordo com a apuração, os postos sob controle do crime organizado estão associados a esquemas de lavagem de dinheiro, uso de “laranjas” em sociedades, adulteração de combustíveis e envolvimento direto com operações policiais. Muitos dos responsáveis por esses estabelecimentos têm passagens pelo sistema prisional, segundo o levantamento.
Além da atuação direta das facções, o mercado ilegal de combustíveis no Brasil movimenta 13 bilhões de litros por ano, o equivalente a 8,7% de todo o mercado nacional, segundo dados do Instituto Combustível Legal. As fraudes e a sonegação de impostos provocam um prejuízo fiscal de R$ 23 bilhões por ano, impactando diretamente os cofres públicos.
Entre os crimes mais comuns estão a adulteração de combustíveis com solventes, fraudes nas bombas, venda sem nota fiscal, criação de empresas de fachada, roubo de cargas, postos piratas, e fraudes interestaduais e em operações de importação/exportação. A atuação do setor criminoso também está ligada a crimes ambientais, como abastecimento de garimpos ilegais, aumento do desmatamento e transporte de ouro ilegal com uso de aeronaves.