Nesta segunda-feira (03), a Rússia acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de rejeitar os esforços de paz, após sua discussão pública com o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, na sexta-feira (28).

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou em coletiva de imprensa que alguém deveria fazer o presidente ucraniano querer a paz. “Se os europeus fizerem isso, todos os méritos para eles”, disse.

O membro do governo ainda reforçou que o confronto entre Trump e Zelensky, demonstra a falta de habilidades diplomáticas do presidente ucraniano, a situação apenas reforçou a postura de Moscou sobre a guerra, garantiu Peskov. Para ele, cabe agora aos líderes europeus darem uma resposta para suavizar as tensões com Washington.

Ainda durante a coletiva, Peskov explicou que não basta Rússia e EUA selarem uma aliança para pôr fim ao conflito na Ucrânia, que seria muito rara na história dos países. “Claramente, os esforços apenas de Washington e a disposição de Moscou não serão suficientes.”.

As declarações do porta-voz do Kremlin ocorreram depois de uma reunião de emergência entre os aliados europeus da Ucrânia em Londres. Na conversa, Zelensky se comprometeu a trabalhar com a Europa para definir as condições de um possível acordo de paz. Contudo, Peskov se mostrou cético quanto a um plano eficaz.