Recursos federais destinados a obras e serviços essenciais estariam no centro do esquema investigado.

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar possíveis desvios de recursos públicos envolvendo o prefeito de Duque Bacelar (MA), Flávio Furtado. A investigação, que ainda está em fase inicial, aponta indícios de irregularidades em contratos firmados com empresas ligadas a aliados políticos e familiares do gestor municipal.

Fontes ligadas à investigação revelaram que os recursos sob suspeita seriam oriundos de repasses federais destinados à execução de obras públicas e à prestação de serviços essenciais à população, como saúde e educação. Há suspeitas de que parte do dinheiro tenha sido desviada por meio de contratos fraudulentos, notas fiscais frias e empresas de fachada.

O inquérito foi aberto após análise de documentos encaminhados pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou inconsistências nas prestações de contas da prefeitura. A Polícia Federal deverá realizar diligências preliminares a qualquer momento e não descarta a deflagração de uma operação nos próximos dias.

O Ministério Público Federal (MPF) também acompanha o caso e poderá oferecer denúncia formal caso os indícios sejam confirmados. Entre os possíveis crimes estão peculato, corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.

A reportagem procurou o prefeito Flávio Furtado, mas até o momento ele não se pronunciou oficialmente. A investigação traz à tona uma série de questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos em cidades do interior maranhense, onde a fiscalização é mais frágil e o controle social, limitado.

Próximos passos

A Polícia Federal deve ouvir testemunhas e convocar servidores e empresários ligados aos contratos suspeitos para depor nas próximas semanas. O inquérito corre sob sigilo.

A população de Duque Bacelar acompanha o caso com expectativa e preocupação, especialmente diante da crise nos serviços básicos da cidade.

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