A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (3) a Operação Transmissão Fraudulenta, com objetivo de desarticular um grupo criminoso que atuava no Maranhão fraudando o sistema previdenciário por meio da criação de vínculos empregatícios fictícios.
A investigação, iniciada em 2022, apura o envolvimento de contadores que utilizavam o sistema SEFIP/Conectividade Social para inserir dados falsos de vínculos trabalhistas em empresas sem atividade econômica real. A fraude permitia a concessão irregular de benefícios como aposentadoria por tempo de contribuição, por idade e pensão por morte.
Segundo a Polícia Federal, foram mais de 600 vínculos fictícios em pelo menos 40 empresas, com salários próximos ao teto do INSS. O prejuízo estimado com os 185 benefícios já identificados chega a R$ 4,7 milhões. Com a suspensão dos pagamentos, a economia projetada pode ultrapassar R$ 2,1 milhões.
A Justiça Federal autorizou o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Maranhão. Os investigados podem responder por estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema público. Os crimes somados podem resultar em penas superiores a 26 anos de prisão.