Auditoria e documentos fiscais apontam que gestão de Francisca do Macaquinho pode ter beneficiado campanha do atual prefeito Juscelino Marreca.

Nossa reportagem obteve, com exclusividade, documentos fiscais, extratos de pagamentos e informações cruzadas com o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) que indicam possíveis crimes de responsabilidade fiscal cometidos pela ex-prefeita de Santa Luzia – MA, Francisca do Macaquinho (PP-11) em 2024.

Segundo as investigações preliminares, durante o período eleitoral de 2024, a então gestora teria extrapolado limites legais de gastos e supostamente direcionado milhões de reais dos fundos municipais de Saúde e Educação para um suposto caixa dois eleitoral que pode ter financiado a campanha do seu sucessor, o qual foi derrotado nas eleições municipais de  2024.

A análise cobre o período entre abril e a primeira semana de outubro de 2024, quando diversas empresas receberam pagamentos significativos.
Uma testemunha chave afirmou que os produtos não foram entregues e que boa parte dos serviços contratados jamais foram executados.

A auditoria realizada nas contas públicas confirmou inconsistências graves e pagamentos sem comprovação, envolvendo fornecedores do setor farmacêutico e uma distribuidora de alimentícios, além disso documentos repassados por uma ex: servidora da gestão da então prefeita Franca do Macaquinho, devem fortalecer mais ainda as denuncias contra a ex gestora do município. 

De acordo com a documentação, parte dos valores pode ter sido destinada a abastecer atividades de campanha eleitoral em favor de Marreca, caracterizando possível uso irregular de recursos públicos e violação à legislação eleitoral.

Especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que, se confirmadas, as irregularidades podem resultar em ação por improbidade administrativa e responsabilização criminal dos envolvidos.

O caso será levado ao Ministério Público do Estado do Maranhão (MP-MA), que deve abrir investigação nos próximos dias.
Procurados, Francisca do Macaquinho, Juscelino Marreca não foi localizada para comentar o caso.