Demora de Brandão esvazia peso da reforma no secretariado

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A lentidão do governador Carlos Brandão em concluir — ou sequer iniciar — a reforma no secretariado reduziu o impacto que as mudanças poderiam ter. Até agora, apenas um ou outro auxiliar foi substituído, em uma movimentação tímida e protocolar. A expectativa inicial era de que as alterações servissem para fortalecer alianças políticas e reforçar a gestão, mas, com o passar do tempo, o efeito prático se torna cada vez menor.

O fator tempo virou um complicador. Com a proximidade do prazo de desincompatibilização para quem pretende disputar as eleições de 2026, em 6 de abril, os novos nomes que entrarem no governo terão pouco mais de um ano para mostrar serviço. O período curto limita a execução de grandes projetos e a possibilidade de deixar uma marca significativa na administração estadual.

Paralelamente, cresce a expectativa em torno de Felipe Camarão, vice-governador e principal nome do grupo para a sucessão em 2026. O espaço concedido ao PT e a outros aliados agora pode influenciar diretamente nas articulações para o futuro político do estado.

A indefinição sobre a reforma e a permanência do clima de incerteza quanto à eventual candidatura de Brandão ao Senado geram um efeito colateral negativo. O governador tem evitado atritos e buscado equilibrar forças, mas o tempo joga contra.

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