O Brasil pode enfrentar problemas no fornecimento de energia elétrica nos horários de pico, especialmente no fim do dia, nos próximos cinco anos. O alerta está no Plano da Operação Energética (PEN 2025), divulgado nesta terça-feira (8) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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Segundo o documento, o risco aumenta se não forem realizados leilões para contratação de potência elétrica. O horário de maior risco é no fim do dia, quando a demanda cresce e fontes como solar e mini/microgeração não conseguem manter a oferta, por dependerem do sol.

O ONS prevê a necessidade de uso intensivo de usinas termelétricas, principalmente entre os meses de outubro e dezembro, para garantir o fornecimento. Também aponta como possível alternativa a volta do horário de verão, extinto em 2019.

Apesar da expansão prevista de 36 GW na capacidade instalada até 2029, o crescimento da geração por fontes intermitentes (como solar e eólica) exige mais flexibilidade da operação e maior uso de usinas controláveis, como hidrelétricas e térmicas.

O risco de insuficiência de potência, chamado de LOLP, é alto e pode ser violado em todos os anos do período analisado. Outro fator preocupante é a entrada de grandes consumidores, como datacenters e plantas de hidrogênio verde, que demandam energia constante e em grande volume.

O leilão previsto para contratar nova potência foi cancelado pelo governo federal, e ainda não há nova data definida. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que aguarda uma nova portaria para retomar o processo.