Carlos Brandão em entrevista ao Sbt News destaca impactos do tarifário imposto por Donald Trump

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O governador do Estado, Carlos Brandão, participou de entrevista ao Sbt News, nesta terça-feira, 29, sobre temas econômicos que envolvem a exportação de produtos pela indústria brasileira aos Estados Unidos.

A preocupação assim como dos demais chefes de estado, a de Brandão também é a respeito dos impactos na economia brasileira que as medidas impostas pelo presidente dos Estados Unidos podem gerar como o aumento do desemprego – podendo criar uma crise econômica no país.

A medida passa a valer a partir do dia 1° de agosto, com uma tarifa de impostos de 50% sobre os produtos brasileiros.

Para tratar sobre o assunto e os possíveis impactos, bem como as medidas que o Governo Federal deve adotar mediante o ‘tarifário’ – Carlos Brandão informou que uma reunião deve ser realizada com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, com a presença dos governadores do nordeste.

“Estamos preocupados porque essa decisão dos Estados Unidos irá afetar diretamente a indústria brasileira. Neste momento também estou tendo diálogo com a classe empresarial, a classe das indústrias, Federação do Comércio, Porto do Itaqui.  Estamos apreensivos porque esse aumento de impostos pode gerar desempregos em massa. O país conseguiu  retirar mais de 10 bilhões de pessoas da extrema pobreza e é isso que não queremos retornar a esse retrocesso de geração de emprego e renda”, pontuou Brandão.

Uma comitiva deve ser enviada para dialogar com Donald Trump. O Brasil já se mostrou aberto e suscetível ao diálogo. “Temos que discutir, esgotar o diálogo, e o vice-presidente Geraldo Alckmin possui esse perfil pela sua experiência política, então acredito que essa será a primeira medida do governo federal: dialogar”, explicou.

Caso não ocorra a negociação com os Estados Unidos o governador Carlos Brandão falou a respeito da busca de novos parceiros no mercado externo. “Não podemos deixar que as empresas fechem as portas ou que os maranhenses fiquem sem seus empregos. Caso não aconteça o diálogo com os Estados Unidos devermos abrir novos mercados com outros países. Temos um dos maiores porto do país, que é o Porto do Itaqui. Exportamos celulose aos Estados Unidos que deverá afetar diretamente a empresa Susano, que terá um impacto de 16% em suas vendas – e pode diminuir a produção e consequentemente a perda de empregos, por isso precisamos desse diálogo para conversar com as empresas sobre esses impactos financeiros”, concluiu.

Sobre a postura do governo federal, Carlos Brandão, citou que o Brasil também deve reagir aumentando as tarifas de seu produto interno para a importação dos Estados Unidos. “Em casos extremos devemos reagir e buscar novos mercados como Europa, China e Índia, mas será em último caso. No momento que as empresas americanas começaram a importar seus insumos que ficarão mais caros, deixarão de ser competitivos vai afetar diretamente as empresas americanas”, pontuou Brandão.

Preocupado com a economia e para retirar os mais de 1 milhão de maranhenses da extrema pobreza, o Governador falou a respeito dos programas e políticas sociais implantados no Maranhão para melhoria positiva desse índice. “Ampliamos os restaurantes populares onde oferecemos refeições a um valor simbólico para as pessoas de baixa renda, programa de compra de alimentos, obras em andamentos que geram empregos, ampliação das festividades culturais, todos esses programas funcionando e ainda gerando emprego e renda aos maranhenses”, disse Carlos Brandão.

Com a aproximação da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o governador falou da participação do estado no evento e projetos na área ambiental que serão apresentados. “Temos grandes projetos como o ‘Maranhão sem Queimadas’ recebemos 45 bilhões de reais do Fundo Amazônica que reestruturou equipamentos do Corpo de Bombeiros no combate às queimadas. O projeto ‘Floresta Viva, que conta com a plantação de pés de juçaras para investir na recuperação de florestas degradadas e ainda gerar renda as família. O de regularização fundiária para segurança jurídica aos donos de terras com o objetivo de evitar conflitos agrários. E o da Universidade Índigena que funciona dentro de uma aldeia, agora presetendenmis implantar um centro universitário que vão servir de modelo e exemplo ao Brasil”, finalizou a entrevista.

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